segunda-feira, 8 de abril de 2013

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo



A lista que conhecemos hoje foi compilada na Idade Média, quando muito dos locais já não existiam mais. Os gregos foram os primeiros povos a relacionar as sete maravilhas do mundo entre os anos 150 e 120 a.C.. Extraordinários monumentos e esculturas erguidos pela mão do homem, construídos na antiguidade fascinam por sua majestade, riqueza de detalhes e magnitude até hoje. A lista incluía:

Pirâmide de Quéops

Ao contrário do que muitos pensam é apenas a Pirâmide de Quéops (e não todas as três grandes Pirâmides de Gizé) que faz parte da lista original das Sete Maravilhas do Mundo. A Pirâmide de Quéops foi construída há mais de 4500 anos, por volta do ano 2550 a.C., e é também chamada de Grande Pirâmide de Gizé ou apenas Grande Pirâmide. Sua altura original era de 146,60 metros, mas atualmente é de 137,16 m, pois falta parte do seu topo e o revestimento, foi a maior construção feita pelo homem durante mais de quatro mil anos, sendo superada apenas no final do século XIX, com a construção da Torre Eiffel. Acredita-se ter sido construída para ser a tumba para o faraó Quéops; curioso é que a pirâmide de Quéops já era a mais antiga dentre todas as maravilhas do mundo antigo e é justamente a única que se mantém até hoje. A construção incluía uma avenida de esfinges além de cerca de 100 estátuas de Quéops, mas tudo isso foi levado por saqueadores.
Quéfren, filho de Quéops, ergueu a segunda pirâmide de Gizé em 2520 a.C. Em seu templo funerário, anexo a pirâmide, estão alguns do maiores blocos de pedra usados no Egito.
Miquerinos, neto de Quéops, construiu a menor das três pirâmides de Gizé. Ele planejava para ela uma cobertura de granito vermelho, rocha que só podia ser encontrada a 800 quilômetros de distancia. Mas o faraó morreu antes de completar seu objetivo.
Quéops aproveitou uma formação rochosa para erguer a célebre esfinge – um leão alado de 20 metros de altura, com cabeça humana, representando a majestade, do faraó.








Jardins suspensos da Babilônia



É talvez uma das maravilhas relatadas sobre que menos se sabe. Muito se especula sobre suas possíveis formas e dimensões, mas nenhuma descrição detalhada ou vestígio arqueológico foi encontrado, exceto um poço fora do comum que parece ter sido usado para bombear água. Também chamados de Jardins Suspensos de Semíramis, Os jardins, na verdade, eram seis montanhas artificiais feitas de tijolos de barro cozido, com terraços sobrepostos onde foram plantadas árvores e flores tropicais e alamedas de altas palmeiras. Dos jardins podiam-se ver as belezas da cidade abaixo. Calcula-se que estivessem apoiados em colunas cuja altura variava de 25 a 100 metros. Para se chegar aos terraços subia-se por uma escada de mármore; entre as folhagens havia mesas e fontes. Construídos pelo rei Nabucodonosor II, para agradar e consolar sua esposa preferida Amitis saudosa das montanhas do lugar onde nascera. Capital do império caldeu, a Babilônia, tornou-se a cidade mais rica do mundo antigo. Vivia do comércio e da navegação, buscando produtos na Arábia e na Índia e exportando lã, cevada e tecidos. Como não dispunham de pedras, os babilônios usavam em suas construções tijolos de barro cozido e azulejos esmaltados. No século V a.C., Heródoto dizia que a Babilônia "ultrapassava em esplendor qualquer cidade do mundo conhecido". Mas em 539 a.C. o império caldeu foi conquistado pelos persas e dois séculos mais tarde passou a ser dominado por Alexandre, o Grande, tornando-se parte da civilização helenística. Depois da morte de Alexandre (323 a.C.), a Babilônia deixou de ser a capital do império. Começou assim sua decadência. . Não se sabe quando foram destruídos. Suspeita-se que sua destruição tenha ocorrido na mesma época da destruição do palácio de Nabucodonosor, pois há boatos de que os jardins foram construídos sobre seu palácio. Sobre as ruínas da Babilônia ergueu-se, hoje, a cidade de Al-Hillah, a 160 quilômetros de Bagdá, a capital do Iraque.




Estátua de Zeus em Olímpia



A estátua de Zeus em Olímpia foi construída no século V a.C. por Fídias. Essa é considerada sua obra-prima. Os gregos amavam seu trabalho, pois diziam que ele revelava aos homens a imagem dos Deuses. Supõe-se que tenha levado cerca de oito anos para termina-la. Zeus (Júpiter, para os romanos) era o senhor do Olimpo, a morada das divindades. A estátua media de 12 a 15 metros de altura - o equivalente a um prédio de cinco andares - e era toda de marfim e ébano. Seus olhos eram pedras preciosas. Fídias esculpiu Zeus sentado num trono. Na mão direita levava a estatueta de Nice, deusa da Vitória; na esquerda, uma esfera sob a qual se debruçava uma águia. Supõe-se que, como em representações de outros artistas, o Zeus de Fídias também mostrasse o cenho franzido. A lenda dizia que quando Zeus franzia a fronte o Olimpo todo tremia. Quando a estátua foi construída, a rivalidade entre Atenas e Esparta pela hegemonia no Mediterrâneo e na Grécia continental mergulhou os gregos numa sucessão de guerras. Os combates, no entanto, não prejudicaram as realizações culturais e artísticas da época. Ao contrário, o século V a.C. ficou conhecido como o século de ouro na história grega devido ao extraordinário florescimento da arquitetura, escultura e outras artes.
Após 800 anos foi levada para Constantinopla (hoje Istambul),quando todo seu material precioso de ouro, marfim e pedras preciosas já tinham sido retirados e se acredita ter sido destruída em 462 d.C. por um terremoto.




Local onde se encontrava a estátua


Templo de Ártemis em Éfeso



O templo de Ártemis (ou templo de Diana) era localizado em Éfeso. Foi o maior templo do mundo antigo, e durante muito tempo o mais significativo feito da civilização grega e do helenismo, construído para a deusa grega Ártemis, da caça e dos animais selvagens. Foi construído no século VI a.C. no porto mais rico da Ásia Menor pelo arquiteto cretense Quersifrão e por seu filho, Metagenes. Era composto por 127 colunas de mármore, com 20 metros de altura cada uma. Duzentos anos mais tarde foi destruído por um grande incêndio, e reerguido por Alexandre III da Macedónia. Atualmente, apenas uma solitária coluna do templo se mantém, após sucessivos terremotos e saques.

O templo de Ártemis homenageava a deusa dos bosques, a Diana romana. Os colonizadores gregos encontraram os habitantes da Ásia Menor cultuando uma deusa que identificaram como Ártemis. Então construíram um pequeno templo que foi reconstruído e aumentado muitas vezes. Somente na quarta expansão o templo, que levou 120 anos para ser terminado, foi incluído na lista das sete maravilhas do mundo antigo. Foi destruído duas vezes: a primeira em 365 a.C. (na noite do nascimento de Alexandre) num incêndio causado por Heróstrato; a segunda no século III d.C. por um ataque dos godos. Restam algumas esculturas e objetos, expostos em Londres. 



Ruínas do Templo de Artêmis





Mausoléu de Halicarnasso



O mausoléu de Halicarnasso ou mausoléu de Mausolo foi uma tumba construída entre 353 e 350 a.C. em Halicarnasso para Mausolo, um rei provinciano do império persa, e Artemísia II de Cária, sua irmã e esposa. O termo mausoléu veio a ser usado genericamente para qualquer grande tumba.

Para construção do mausoléu Artemísia decidiu não poupar na edificação da tumba. Enviou mensageiros à Grécia para encontrar os artistas mais talentosos da época, incluindo Escopas, que supervisionara a reconstrução do templo de Artêmis em Éfeso. Outros escultores famosos como Briáxis, Leocarés e Timóteo juntaram-se, bem como centenas de outros artesãos.

A tumba foi erigida em uma colina tendo uma vista panorâmica da cidade. A estrutura ficava em um pátio fechado, em cujo centro estava uma plataforma com a tumba. Uma escada, ladeada por estátuas de leões de pedra, levava ao topo da plataforma. Ao longo da parede exterior desta ficavam muitas estátuas descrevendo deuses e deusas. Em cada canto, guerreiros de pedra cavalgando guardavam a tumba. No centro da plataforma estava a tumba propriamente dita. Feita principalmente de mármore, era um bloco quadrado de um terço da altura de 45 metros do mausoléu. No topo desta seção da tumba, trinta e seis colunas delgadas, nove por lado, erguiam-se por outro terço da altura. Ereta entre cada coluna estava outra estátua. Atrás das colunas estava um objeto resistente que carregava o peso do maciço telhado da tumba. O telhado, que englobava mais do terço final da altura, era uma pirâmide. De pé no topo ficava uma quadriga: quatro maciços cavalos puxando uma biga em que imagens de Mausolo e Artemísia passeiam.

Dentro ficavam as estátuas de Artemísia e Mausolo, além de trabalhos de Escopas, considerado um dos maiores escultores da Grécia do século IV. Algumas dessas esculturas, como uma estátua de 4,5 metros, provavelmente de Mausolo, encontram-se no Museu Britânico. O túmulo foi destruído, provavelmente por um terremoto, em algum momento entre os séculos XI e XV. As pedras que sobraram da destruição acabaram sendo aproveitadas na construção de edifícios locais.
Hoje, os fragmentos desse monumento são encontrados no Museu Britânico, em Londres, e em Bodrum, na Turquia. A palavra mausoléu é derivada de Mausolo.


                                                                                Mausoléu como encontra-se hoje


Colosso de Rodes

O Colosso de Rodes foi uma estátua de Hélio (deus do sol na Mitologia Grega) construída entre 292 a.C. e 280 a.C. pelo escultor Carés de Lindos. A estátua tinha trinta metros de altura, 70 toneladas e era feita de bronze. Cada pé estava apoiado em uma margem do canal que dava acesso ao porto, de modo que toda embarcação que chegasse à ilha grega de Rodes, no Egeu passaria obrigatoriamente sob as pernas da estátua de Hélio, protetor do lugar. Era toda de bronze e oca, começou a ser esculpida em 292 a.C. pelo escultor Carés, que a concluiu doze anos depois. Na mão direita da estátua havia um farol que orientava as embarcações à noite. Era uma estátua tão imponente que um homem de estatura normal não conseguiria abraçar seu polegar.
O povo de Rodes mandou construir o monumento para comemorar a retirada das tropas do rei macedónio Demétrio, que promovera um longo cerco à ilha na tentativa de conquistá-la. Demétrio era filho do general Antígono, que herdou de Alexandre, uma parte do império grego. O material utilizado na escultura foi obtido da fundição dos armamentos que os macedônios ali abandonaram.
A estátua ficou em pé por apenas 55 anos. Em 226 a.C. um terremoto atirou-a no fundo da baía de Rodes, Ptolomeu III se ofereceu para reconstruí-la, mas os habitantes da ilha recusaram por achar que haviam ofendido Hélios. E no fundo do mar ainda era tão impressionante que muitos viajaram para vê-la lá em baixo. No século VII, os árabes venderam os restos como sucata: para ter-se uma ideia do volume do material, foram necessários novecentos camelos para transportá-lo. A estátua, uma obra maravilhosa, levou Carés a suicidar-se logo após tê-la terminado, desgostoso com o pouco reconhecimento público.
Em 2008, a arqueóloga alemã Ursula Vedder contestou a localização do Colosso de Rodes, baseada na falta de evidências submersas de fragmentos da estátua na região do porto. A arqueóloga supôs que a estátua estivesse totalmente em terra firme, numa montanha situada sobre a histórica cidade de Rodes.







Farol de Alexandria

O farol de Alexandria era uma torre construída em 280 a.C. na ilha de Faros (hoje uma península, situada na baía da cidade egípcia de Alexandria e ligada por mar ao porto desta) para servir como um marco de entrada para o porto e posteriormente, como um farol. Era uma torre de mármore situada na ilha de Faros (por isso, "farol").
Considerada uma das maiores produções da técnica da Antiguidade, foi construído pelo arquiteto e engenheiro grego Sóstrato de Cnido a mando de Ptolomeu.
Com três estágios superpostos - o primeiro, quadrado; o segundo, octogonal; e o terceiro, cilíndrico -, dispunha de mecanismos que assinalavam a passagem do Sol, a direção dos ventos e as horas. Por uma rampa em espiral chegava-se ao topo, onde à noite ardia uma chama que, através de espelhos, iluminava até 50 km de distância para guiar os navegantes.
Diz à lenda que Sóstrato procurou um material resistente à água do mar e por isso a torre teria sido construída sobre gigantescos blocos de vidro. Mas não há nenhum indício disso.
À exceção das pirâmides de Gizé, foi a que mais tempo durou entre as outras maravilhas do mundo, sendo destruída por um terremoto em 1375. Suas ruínas foram encontradas em 1994 por mergulhadores, o que depois foi confirmado por imagens de satélite.






by Thalita Salviatti


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